Um grande número de eleitos estava presente nos corredores do salão: os representantes dos municípios afectados pelos riscos de inundação queriam encontrar soluções práticas para proteger as suas populações. Em particular, vão encontrar empresas especializadas na proteção do lar. Numerosos stands mostram como proteger a sua casa contra a subida do nível das águas. São apresentados vários tipos de barreiras contra inundações, incluindo uma novidade: uma barreira insuflável leve e maleável que pode ser utilizada com uma bomba de bicicleta.Loïc De Raeve, técnico do gabinete de estudos da autarquia local de Gerpinnes, analisou as diferentes soluções apresentadas: "A tecnologia está a progredir! Em matéria de bombas e de barragens de água, existem efetivamente produtos adaptados a diferentes tipos de situações e fáceis de utilizar. É também interessante poder trocar ideias com equipas de outras colectividades locais: não nos sentimos tão sós e isso permite pensar em soluções que não tínhamos necessariamente pensado".

Ludwig Bert é técnico de manutenção de estradas em Ecaussinnes. O que lhe chama a atenção são as inovações propostas para tornar o solo mais permeável: "A maior parte das praças do município são de alcatrão. Aqui, estamos a apresentar outros materiais, lajes e fascículos que podem ajudar-nos a minimizar os fluxos de lama. Estou particularmente interessado em materiais reciclados, que requerem muito pouca manutenção", explica.

A exposição é organizada pela comuna de Seneffe, em parceria com a SPW Agriculture e os 14 contratos fluviais da Valónia. Gaëlle Denhaerynck é a responsável pelas inundações do contrato fluvial de Sambre: "Produzimosmapas 3D interactivos para compreender e modelar os riscos de inundação. Estamos a propor possíveis soluções e medidas que podem ser tomadas para evitar que a água suba demasiado. Podemos testar o efeito da construção de uma barragem, por exemplo. Este exercício de simulação é uma forma muito interessante de mostrar por onde corre a água. Nas rotas de escoamento, estamos a trabalhar com os agricultores na revegetação e no planeamento do uso do solo", explica.

A luta contra as inundações tornou-se uma prioridade na Bélgica após as cheias de 2021: "este episódio teve um efeito profundo na consciência das pessoas. Os contratos fluviais são mediadores que reúnem os vários actores para considerar soluções globais com aplicações locais", explica Augustin de Longueville, gestor do projeto de inundações do Contrato Fluvial Senne.

Fonte: www.rtbf.be/