Congo/ Saneamento em Brazzaville: lançamento da campanha "Zero resíduos" nos espaços públicos

Publicado em 06/02/2025 | La rédaction

Congo

Na sequência do seminário com as organizações não governamentais (ONG) e as autoridades públicas, realizado em 29 de janeiro, a ONG Protection environnement association (PEA) organizou um outro seminário com as associações e outras organizações da sociedade civil, em 31 de janeiro, no Centre interdiocésain des œuvres, subordinado ao tema "Mobilização das organizações da sociedade civil para a causa do plano de gestão duradoura das culturas humanas em Brazzaville".

Enquanto o objetivo do seminário de 29 de janeiro era obter a opinião das autoridades públicas sobre as políticas públicas no domínio da gestão dos resíduos domésticos no Congo, o seminário de 31 de janeiro destinava-se a obter o apoio das organizações da sociedade civil, a trocar ideias e a encontrar as melhores estratégias para a causa dos "Resíduos Zero" na cidade de Brazzaville.O objetivo do workshop de 31 de janeiro era obter o apoio das organizações da sociedade civil, trocar ideias e encontrar as melhores estratégias para a causa desta advocacia, a de "Zero Resíduos" na cidade de Brazzaville. Para o efeito, os participantes puseram mãos à obra, enumerando os problemas (razões da petição) e as soluções (pedidos aos decisores).

Destin Picko Kaya, membro da ONG PEA, destacou os problemas identificados e as soluções encontradas. Estes problemas incluem a comunicação, o mau funcionamento da cadeia de gestão de resíduos, a opacidade na adjudicação de contratos públicos e a falta de envolvimento das partes interessadas.

Quanto às soluções previstas, incluem a melhoria da informação, da educação e da comunicação; o respeito pelas regras de transparência na adjudicação de contratos públicos; e, finalmente, o envolvimento inclusivo das partes interessadas.De facto, o objetivo final destas organizações da sociedade civil era encontrar meios estratégicos de mobilização, porqueNo final do dia, trata-se de lançar a campanha "Zero Resíduos" e de assinar as petições dos membros da sociedade civil presentes.

No final do workshop, foram assinadas cerca de vinte petições para marcar o início da campanha "Zero Resíduos" no espaço público de Brazzaville. As petições eram dirigidas ao governo, pedindo-lhe que assinasse um contrato com uma agência especializada para substituir a Averda, de modo a que não houvesse mais pilhas de resíduos nos espaços públicos de Brazzaville.

A assinatura de um contrato com uma agência especializada é essencial

"Hoje foi o lançamento da campanha de petição. Estamos a pedir a todos os que puderem juntar-se a nós que venham assinar esta petição, porque se muitas pessoas assinarem esta petição, ela terá mais impacto do que se ficarem a reclamar no seu próprio canto. É como um filho que tem uma necessidade, tem de a expressar ao pai, caso contrário o pai não saberá. Por isso, temos de pedir ao nosso governo que resolva esta situação de acumulação de lixo nos espaços públicos de Brazzaville. Temos de lhes dizer que o amontoamento de lixo nos espaços públicos causa doenças e tem também um impacto no ambiente. Por isso, pedimos-lhe que assine um contrato com uma agência especializada para pôr termo a esta situação", afirmou Serge Patrick Mvouama, Diretor Geral da ONG PEA.

As organizações da sociedade civil pretendem que este projeto esteja operacional até ao final de março, porque quanto mais tempo passar, maior será o impacto na saúde e no ambiente. "No final deste seminário, podemos dizer que estamos satisfeitos. Primeiro tivemos de trabalhar, e foi isso que fizemos com os representantes da sociedade civil, porque esta não é uma petição da ONG PEA, mas sim uma petição que foi escrita hoje.A petição que foi redigida hoje por membros da sociedade civil e que será enviada ao governo", explicou Serge Patrick Mvouama.

O workshop, organizado pela ONG PEA, fez parte do projeto "Advocacia para a gestão sustentável dos resíduos domésticos em Brazzaville", financiado pela União Europeia através do Precap-Ccod. O projeto foi iniciado em resposta à situação que os brazzavilhenses estão a viver, particularmente a acumulação de lixo nos espaços públicos.

Fonte: www.adiac-congo.com


Gostou deste artigo? Compartilhe...

comentários

Deixe um comentário

Seu comentário será publicado após validação.