Congo/ Luta contra o VIH/SIDA: melhorar a qualidade dos cuidados

Publicado em 16/12/2024 | La rédaction

Congo

Aumentar os conhecimentos sobre os cuidados de saúde em matéria de VIH/SIDA, a fim de melhorar a sua qualidade, foi um dos temas abordados pelos profissionais de saúde, pelos intervenientes políticos e pelos representantes das organizações das Nações Unidas no Congo, numa jornada científica organizada em Brazzaville para assinalar o Dia Mundial da SIDA.

O objetivo desta jornada científica é contribuir para o reforço do conhecimento sobre a gestão do VIH; para a promoção das melhores práticas de monitorização biológica; para a divulgação dos avanços científicos sobre a epidemia através da sensibilização dos direitos das pessoas afectadas", explicou o Ministro da Saúde e da População, Gilbert Mokoki, na abertura dos trabalhos. Gilbert Mokoki, Ministro da Saúde e da População, abriu os trabalhos.

O dia científico foi marcado por apresentações sobre a situação epidemiológica do VIH/SIDA no Congo, os direitos das pessoas que vivem com VIH/SIDA e o seu acompanhamento biológico, bem como por testemunhos de pessoas que vivem com a doença.

As estimativas para 2023, citadas pelo Ministro Gilbert Mokoki, indicam que cerca de 120.000 pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos vivem com o VIH, o que corresponde a uma taxa de prevalência de 3,2%. " Embora os números mostrem progressos no acesso ao tratamento, com 93% das pessoas seropositivas a terem acesso ao tratamento antiviral, ainda há muito a fazer para atingir os primeiros 95% e uma carga viral indetetável para todos", afirmou.

Comentando a situação epidemiológica do VIH no Congo nos últimos cinco anos, a Dra. Cécile Laure Mapapa, Diretora do Programa Nacional de Controlo da SIDA, afirmou que a epidemia está generalizada. Entre os portadores e as pessoas em risco contam-se os homossexuais, os trabalhadores do sexo e os prisioneiros. A transmissão de mãe para filho está estimada em 18%. Pointe-Noire é o departamento mais afetado do país, com uma taxa de prevalência de 5,2%, seguido de Niari, Pool, Kouilou, Bouenza e Sangha.

A Dra. Cécile Laure Mapapa acredita que a melhoria da qualidade dos cuidados, o rastreio direcionado e o envolvimento da comunidade são fundamentais para reduzir as infecções sexualmente transmissíveis. Os desafios futuros incluem a identificação das pessoas que vivem com o VIH, a prevenção, a luta contra a estigmatização e a mobilização de recursos financeiros.

Fonte: www.adiac-congo.com/


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